Declaração à Morte.


O céu hoje estava azul, para todas as pessoas, menos para mim. A cor que via, era um cinzento-escuro, o que mantinha-se dentro e mim e que permanecia no céu, nas ruas, em todos os locais. As pessoas não tinham cor, estavam todas com tons de cinza sob a minha visão. Todas as cores tinham sido roubadas do meu ser, de uma maneira fria, violenta, da maneira que eu não queria. Eu ainda me lembro quando tudo era bonito, quando as cores eram brilhantes, quando eu ainda tinha um sorriso sincero para iluminar o meu caminho. Agora, são isso, lembranças. O meu sorriso não é o mesmo, apenas sigo uma estrada fria, sem vida, com vento, muito vento, frio pela frente, cada vez mais forte, quase a congelar-me. É como se eu estivesse a implorar, como se eu gritasse o mais alto que conseguisse e ninguém me conseguiria ouvir. Não é nada bonito, nada me faz ter vontade de abrir os olhos, não quero ver o sangue que escorre de mim agora, não quero abrir os olhos e perceber que o calor que sinto perto no meu corpo não é real, perceber que esta respiração é o meu sistema de defesa, que não passa de uma imaginação. Não vou abrir mais os olhos, Outubro ainda agora começou, e ainda agora acabou. Pedir ajuda não ajuda mais, declaro-me à morte.

3 comentários:

  1. "É como se eu estivesse a implorar, como se eu gritasse o mais alto que conseguisse e ninguém me conseguiria ouvir. Não é nada bonito, nada me faz ter vontade de abrir os olhos, não quero ver o sangue que escorre de mim agora, não quero abrir os olhos e perceber que o calor que sinto perto no meu corpo não é real, perceber que esta respiração é o meu sistema de defesa, que não passa de uma imaginação. Não vou abrir mais os olhos, Outubro ainda agora começou, e ainda agora acabou. Pedir ajuda não ajuda mais, declaro-me à morte." -beem, está mesmo lindo, lindo! (; segui :3

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